QUADRAS SOLTAS

Mesmo que algum dia

Me sinta infeliz

Ninguém me vê chorar

Mas sim...

Sempre a sorrir.

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Borboletas...

Lindas. . . de frágeis asas

Admirando as viçosas flores

Os campos verdejantes...

Sob o céu azul...apaixonante

Ao sabor da brisa...

Voando...

Voando...

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Colhi esta flor...

Coloquei-a no meu coração

Quero sentir alegria...

Colorida...

E não...

Não quero sentir  dor.

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Não fiz mal ao mundo

E ele me atraiçoou

Porque me levas p'ró fundo

Se eu tudo te dou

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Tenho dois filhos na vida

Que são a minha alegria

Três netinhos muito queridos

Oh! Deus estou tão agradecida

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Amor dos filhos tenho

E também de meus netinhos

Mas algo me falta na vida

Para não me sentir sozinha

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A Chorar vivo cantando

A cantar vivo a chorar

Também se canta chorando

Também se chora a cantar

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Nossa Senhora de Fátima

Minha Santa protectora

Dai-me um pouco de alegria

Neste Mundo que anda à toa

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Se voltar o que serei?

Se ficar o que será?

Sinto-me num labirinto

Como hei de sair de lá?

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Nas malhas da tua rede

Conseguiste-me enredar

Se conseguir desprender-me

Tu mesmo lá irás ficar

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Os meus olhos são negros

São da cor da solidão

Também são como a tristeza

E cheios de muita ilusão

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Mentira, mentira, mentira

Mentira é o que mais existe

Com tanta mentira na vida

O Mundo anda tão triste

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Saudade, saudade, 

Saudade de ser criança

Se pudesse voltar atrás

Nunca alimentava esperanças

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Oh! minha linda jarrinha

Que minha casa enfeitas

Uma arte perfeitinha

Ninguém te acha defeitos

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É dia de Natal

Quando nasceu Jesus Cristo

Em vez de alegria

Vejo rostos muito tristes

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Por intermédio da lua
Queria mandar-te um beijo
Encantei-me com ela
Esqueci o meu desejo.

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A chuva cantando
Caindo na terra...
E o vento dançando
Ao redor dela.

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Autora:  Maria Raquel de Carvalho Rosa Mendonça.